Mais do que apenas uma questão estética, a obesidade é uma doença crônica que representa um grande risco à saúde. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2020), indicam que mais da metade dos brasileiros adultos possuem sobrepeso, condição que além de afetar a qualidade de vida, pode levar ao desenvolvimento de problemas graves como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até mesmo certos tipos de câncer.
Apesar de ser um tema amplamente debatido, muitas pessoas ainda não entendem o impacto devastador que a obesidade pode causar no corpo e na mente. Mas, o que é, afinal, essa doença? Como identificar seus sinais e, mais importante, como evitá-la ou superá-la?
Ao longo do nosso artigo, vamos explorar essas questões e ajudar você a compreender melhor essa condição e a importância de agir antes que seja tarde.
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O que é a obesidade?

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, resultante do desbalanço entre o consumo de energia e o gasto calórico diário. Esse desequilíbrio pode ocorrer por diversos fatores, entre eles:
- Genética: Predisposição herdada;
- Distúrbios hormonais: Problemas como hipotireoidismo;
- Estilo de vida sedentário: Falta de atividade física regular;
- Alimentação: Dietas ricas em alimentos ultraprocessados e pobres em nutrientes;
- Fatores emocionais: Compulsão alimentar relacionada ao estresse ou depressão.
Mas, como identificar a obesidade?
O IMC, ou Índice de Massa Corporal, é uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar se uma pessoa está dentro de um peso saudável em relação à sua altura. Ele é calculado por meio de uma fórmula simples que relaciona o peso (em quilogramas) e a altura (em metros). O cálculo é feito dividindo o peso pelo quadrado da altura:
IMC = Peso (kg) / Altura² (m²) |
Embora o IMC não leve em consideração a composição corporal (como a quantidade de músculo ou gordura), ele oferece uma indicação geral sobre a obesidade ou o sobrepeso de uma pessoa. A classificação do IMC é dividida em categorias, cada uma refletindo um risco potencial para a saúde:
Tabela de IMC e Diagnósticos IMC (kg/m²)DiagnósticoMenor que 18,5Baixo pesoEntre 18,5 e 24,9Peso normalEntre 25 e 29,9SobrepesoEntre 30 e 34,9Obesidade Classe IEntre 35 e 39,9Obesidade Classe IIMaior que 40Obesidade Classe III |
Os perigos da obesidade
A obesidade é uma condição de saúde que vai muito além de questões estéticas, apresentando um impacto negativo significativo em praticamente todos os sistemas do corpo humano. Abaixo, explicamos de forma mais detalhada os principais riscos associados a essa doença crônica:
1 – Doenças Cardiovasculares
Pessoas obesas apresentam um risco substancialmente maior de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Isso ocorre porque o excesso de gordura corporal está associado a níveis elevados de colesterol LDL (o “mau” colesterol), triglicerídeos, hipertensão arterial e resistência à insulina. Todos esses fatores contribuem para o acúmulo de placas de gordura nas artérias, o que dificulta o fluxo sanguíneo e aumenta as chances de eventos cardiovasculares fatais.
2 – Diabetes Tipo 2
O excesso de gordura, especialmente ao redor da região abdominal, prejudica a ação da insulina, hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue. Essa resistência à insulina é uma característica marcante do diabetes tipo 2, uma das complicações mais frequentes da obesidade. Sem tratamento adequado, o diabetes pode levar a complicações graves, como danos nos nervos, insuficiência renal, problemas de visão e amputações.
3 – Câncer
A obesidade está relacionada a um risco maior de desenvolver diversos tipos de câncer, incluindo os de mama, intestino, endométrio e esôfago. A explicação para essa relação inclui a inflamação crônica de baixo grau causada pelo excesso de gordura, além de alterações hormonais, como o aumento do estrogênio e da insulina, que podem favorecer o crescimento de células cancerígenas.
4 – Problemas Articulares
O peso excessivo coloca uma carga desproporcional sobre as articulações, especialmente nas regiões dos joelhos, quadris e coluna vertebral. Isso pode levar ao desenvolvimento de condições como artrite e artrose, que se caracterizam pelo desgaste das articulações e resultam em dor crônica, inflamação e limitação de movimentos. Com o tempo, essas condições podem comprometer a qualidade de vida, dificultando atividades simples do dia a dia.
5 – Impactos Psicológicos
A obesidade não afeta apenas o corpo, mas também a mente. Muitas pessoas enfrentam estigma social e discriminação por conta do excesso de peso, o que pode levar à baixa autoestima, ansiedade e até depressão. Além disso, o impacto psicológico pode gerar um ciclo vicioso: dificuldades emocionais levam a comportamentos como a compulsão alimentar, que agravam ainda mais a obesidade.
Supere a obesidade: saiba por onde começar

- Procurar orientação médica: Um especialista pode diagnosticar a condição e propor tratamentos eficazes;
- Adotar uma dieta equilibrada: Reduzir gorduras e açúcares enquanto aumenta o consumo de vegetais;
- Praticar exercícios físicos: Começar com caminhadas e progredir para atividades mais intensas, sob orientação médica;
- Buscar suporte emocional: Terapias comportamentais podem ajudar a lidar com a compulsão alimentar;
- Considerar intervenções cirúrgicas: Quando necessário, avaliar a possibilidade de cirurgia bariátrica.
Hora de deixar o problema no passado
Identificar e tratar a obesidade precocemente é essencial para evitar complicações graves que acompanham essa condição. Essa é uma doença que não deve ser ignorada, ao contrário, deve ser enfrentada com a combinação de um conjunto de mudanças nos hábitos de vida e, sempre que possível, com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar especializada.
O Dr. Tiago Cardoso é referência em tratamentos de obesidade no Amazonas, e por meio de uma abordagem humanizada e tecnologias avançadas, ajuda pacientes a recuperarem a saúde e a qualidade de vida.
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